Apesar de Portugal ser conhecido pela loiça da Vista Alegre, teve uma enorme concorrente na fábrica de loiça de Sacavém.

Esta unidade industrial, criada em por meados de oitocentos, tornou-se uma das produtoras de faiança fina mais reconhecidas em Portugal e na Europa, graças à sua cerâmica baseada no caulino, uma argila com elevado grau de pureza.

Os seus processos foram modernizados por um inglês, que tornou a produção tão relevante para o país, que recebeu o título de Barão de Howorth de Sacavém, atribuído por D. Luís I.

O associativismo e o pioneirismo na assistência aos trabalhadores da fábrica tornou Sacavém uma das fábricas mais importantes do país – e geradora de protagonistas na luta anti-fascismo.

Desativada após inúmeros problemas financeiros e de gestão, em 1994, manteve-se o espaço junto ao forno nº 18, para fazer nascer o museu que conta a história desta fábrica – e da evolução de Portugal no século XX.