Foi nesta altura que se apresentou um projeto que englobava fundar novos hospitais de dermatologia nas regiões de Lisboa, Coimbra e Porto e que o enfermeiro-mor dos Hospitais Civis de Lisboa permitiu a utilização de uma sala de serviço de dermatologia do Hospital do Desterro para este museu.

O museu reúne um conjunto de 266 figuras de cera que representam diferentes lesões provocadas por acidentes e doenças. O nome é uma homenagem à figura do médico dermatologista Luís Alberto de Sá Penella. O espólio vem do serviço de dermatologia do Hospital dos Capuchos, com as peças concebidas pelo professor da Escola de Belas Artes Joaquim Barreiros e o pintor Albino Cunha, e do hospital do Desterro, cuja autoria é incerta.

São peças assustadoras feitas a partir de pacientes que chegavam aos hospitais, gerando- se assim um molde em gesso da lesão cutânea.

Os moldes eram mesmo feitos sobre os doentes, em doenças hoje extintas como as gomas sifilíticas, a doença de Nicholas Favre, tuberculose cutânea e alterações causadas por arsénico inorgânico. Do molde, as peças em cera eram trabalhadas e pintadas.

Em 2007, o hospital fechou, e o museu foi transferido para o Salão Nobre do Hospital dos Capuchos - onde agora atrai muitos fãs do terror.