Rota do Saramago
Em 1998, foi agraciado com o Prémio Nobel de Literatura.Nobel da Literatura.
Personagens do livro "Memorial do Convento"
Blimunda de Jesus ou Blimunda Sete Luas
Jovem mulher do povo, tem a capacidade de ver as pessoas por dentro e perceber as suas vontades.
Afirma o narrador que estes poderes excecionais a heroína de “Memorial do Convento” ganhou na barriga da mãe, onde esteve o tempo todo de olhos abertos. Conheceu Baltasar num auto-de-fé e logo ali nasceu um amor para a vida.
Baltasar Mateus ou Baltasar Sete Sóis
Foi abandonado pelo exército durante a Guerra da Sucessão Espanhola assim que perdeu a mão esquerda. Conheceu Blimunda quando chega a Lisboa e foi amor à primeira vista.
Homem simples, fiel e terno, aceita o que a vida lhe oferece com a resignação dos humildes. Morre queimado num auto-de-fé.
D. João V
Apresentado como uma figura caricatural, sobretudo quando são descritas as suas facetas menos dignificantes, representa o poder absoluto, no exercício do qual os fins justificam os meios.
É sob as suas ordens que se inicia o projeto megalómano da construção do convento de Mafra, com o pretexto de ser esta obra uma promessa feita ao clero para garantir a sucessão do trono.
D. Maria Ana de Áustria
É uma mulher do seu tempo: casou por conveniência com D. João V e nessa união sem amor o seu único meio de afirmação é a maternidade. Por isso vive obcecada com a sua fertilidade e quando engravida, passadas longas e ansiosas novenas, até se julga grávida de Deus. Tem pensamentos pecaminosos com o cunhado, o que a faz sentir culpada e redobrar as suas intermináveis rezas.
Sebastiana Maria de Jesus
Descendente de cristãos-novos, foi perseguida e condenada pela Inquisição. Acusada de blasfémias e heresias, levaram-na para um auto-de-fé, no Rossio, para ser açoitada e depois deportada para Angola.
Despede-se então de sua filha Blimunda, mas por telepatia, para não a embaraçar em público. É por seu intermédio que ela conhece Baltasar.