Rota do Azulejo

O edifício do Convento da Santíssima Trindade foi comprado em 1835 por Manuel Moreira Garcia, industrial de origem galega que montou na igreja, claustro e refeitório do antigo convento, a Fábrica de Cerveja da Trindade e, no ano seguinte, a Cervejaria Trindade. Em 1863, encomendou painéis de azulejos a Luís Ferreira, diretor artístico da Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, que, respeitando o gosto excêntrico do proprietário, pintou painéis alegóricos que representam os quatro elementos e as quatro estações. Já as paredes decoradas com painéis em mosaico de pedra, do século XX, são da autoria da artista plástica Maria Keil, inspirados na calçada Portuguesa.

Rua Nova da Trindade, 20C, 1200-466 Lisboa

Website: www.cervejariatrindade.pt
Email: ct.chiado@cervejariatrindade.pt
Telefone: +351 213 423 506

Horários:

Diariamente, das 11h às 00h.

Como chegar:

Metro: Linha Verde
GPS: 38.71246803887465, -9.142485708608806

Uma histórica casa de fados, sita no Bairro Alto, que se distingue, entre outras coisas, pelo icónico painel de azulejos amarelos de Thomaz de Mello que decora a sua fachada. O painel data de 1937, e é uma ode à portugalidade e um reflexo do que se passou e continua a passar no interior deste estabelecimento onde cantou Amália e tantos outros fadistas de renome, incluindo a família Machado.

Rua do Norte, 91, 1200-283 Lisboa

Website: www.adegamachado.pt
Email: geral@adegamachado.pt
Telefone: +351 213 422 282

Horários:

Diariamente, das 19h30 às 02h.

Como chegar:

Elétrico: 12E, 15E, 24E
Autocarro: 758, 760, 758, 711
Metro: Linha Verde
GPS: 38.71229254046877, -9.143814445800652

A Casa dos Parafusos é um estabelecimento comercial com mais de cem anos, conhecido pelos azulejos pitorescos que decoram a sua fachada, e onde a palavra "parafusos" é formada por desenhos realistas de porcas, anilhas e parafusos de vários tipos e feitios. A composição de inspiração Arte Déco, composta por azulejos em tons azuis e carmim sobre fundo âmbar e emoldurada por um friso de meia-cana verde escuro, foi produção da Companhia da Fábrica Cerâmica Lusitânia, na década de 20. Esta icónica fachada, em tempos vítima de degradação, foi alvo de uma intervenção de restauro pelos Serviços de Azulejaria da DSPC (Divisão de Salvaguarda do Património Cultural) de Lisboa.

Rua da Boavista, 84, 1200-067 Lisboa

Como chegar:

Elétrico: 12E, 15E, 28E
Autocarro: 760, 732
Metro: Linha Verde, Linha Azul
GPS: 38.709009755505356, -9.150774845800843

Na Rua de São Domingo à Lapas os azulejos desempenham um papel importante na ornamentação das fachadas dos edifícios. Diferentes azulejos com elementos florais, motivos hispano-árabes e estampilhados fazem desta rua um dos pontos a visitar para quem aprecia a arte e a tradição do azulejo.

Rua da Boavista, 84, 1200-067 Lisboa

Como chegar:

Comboio: CAIS DO SODRÉ - CASCAIS
Elétrico: 15E, 18E
Autocarro: 760, 728, 732, 714
Metro: Linha Verde
GPS: 38.70775176361611, -9.161525575248705

Uma antiga rua considerada como uma das mais pitorescas e bonitas da cidade de Lisboa. Entre as várias fachadas revestidas a azulejo, destaca-se o Palacete do Visconde de Sacavém, construído nos finais do século XIX como residência nobre, onde janelas neo-manuelinas estão cobertas de azulejos e peças de cerâmica em relevo. Certa parece ser a procedência dos azulejos utilizados, oriundos da Fábrica de Campolide.

Rua do Sacramento à Lapa, Lisboa

Como chegar:

Comboio: CAIS DO SODRÉ - CASCAIS
Elétrico: 15E, 18E
Autocarro: 760, 732, 728
Metro: Linha Verde
GPS: 38.70780396241259, -9.163954045800924

Construído em 1908, este edifício constitui um dos exemplos mais representativos da introdução da Arte Nova na arquitetura portuguesa de inícios do séc. XX. Apresenta a particularidade de ter sido um dos edifícios pioneiros onde o azulejo Arte Nova passou a revestir não uma parte mas a totalidade da fachada, um trabalho assinado por Alfredo Pinto e datado de 1911. Enquanto o piso térreo surge revestido a tijolos cerâmicos biselados, monocromáticos, verdes vidrados, o piso superior evidencia uma decoração floral tipicamente Arte Nova, policromática, cujas cores predominantes são o verde e o amarelo.

Avenida Almirante Reis, 74,1150-020 Lisboa

Como chegar:

Elétrico: 28E
Autocarro: 708, 734, 17B
Metro: Linha Verde
GPS: 38.7278767639799, -9.134616275247486

O painel de cerâmica em baixo-relevo ‘Sol Ardente da Mexicana’ (1961), de Querubim Lapa, tornou-se  uma imagem de marca  da pastelaria Mexicana, sita na Avenida Guerra Junqueiro e reconhecida como monumento de interesse público. A Mexicana foi inaugurada em 1946 e integralmente remodelada entre 1961 e 1962, segundo um projecto do arquitecto modernista Jorge Ribeiro Ferreira Chaves. Pela sua concepção espacial e pelos elementos decorativos integrados, a pastelaria constitui hoje um notável testemunho das tendências expressionistas do movimento da arquitectura moderna em Portugal.

Av. Guerra Junqueiro 30 C, 1000-167 Lisbon

Website: https://mexicana.pt/
Email: geral@mexicana.pt
Telefone: +351 218 486 117

Horários:

Segunda a sexta-feira, das 8h às 19h; sábado, das 8h30 às 19h.

Como chegar:

Autocarro: 708, 732, 760, 767
Metro: Linha Verde, Linha Azul, Linha Vermelha
GPS: 38.73986496870897,  -9.136369741514784

O painel “O Mar” foi pensado pela pintora Maria Keil para um movimento existente a partir dos anos 50 que visava aproximar a azulejaria da arte pública. A composição está em grande destaque na Avenida Infante Santo, a par de outras cinco intervenções em azulejo, e representa o mar com conchas, búzios, barcos e a figura de um pescador a dominar a composição. O painel interliga-se com a escada que aqui existe na perfeição, sendo “uma obra de referência na reintegração moderna do azulejo no meio urbano”. É uma produção Viúva Lamego e data de 1959. Contudo, o painel que agora vemos é uma réplica de 2005, já que o original estava já muito danificado e foi resguardado nas Reservas do Museu da Cidade.

Av. Infante Santo 70, 1350-180 Lisboa

Como chegar:

Elétrico: 15E, 18E, 28E
Autocarro: 709, 760, 738, 732, 720, 728
Metro: Linha Verde
GPS: 38.71048643231639,  -9.165056586905214

O monumental revestimento azulejar da Avenida Calouste Gulbenkian, concebido por João Abel Mantacomo tapete decorativo do extenso muro de sustentação de terras daquela artéria de Lisboa. O trabalho criativo data de 1970, mas as séries azulejares só foram aplicadas em 1982, num contexto político e artístico já distinto daquele em que foi idealizado. A opção foi criar um conjunto alargado de jogos rítmicos, obtidos através de tons de várias cores e de diferentes padrões geométricos assumidamente abstratizantes, os quais proporcionam a quem passa a perceção de um movimento vertical, que evolui de cores quentes (zona mais alta da Avenida) para cores frias (à medida que se caminha para o Aqueduto), mas que integra também áreas de coloração mais saturada e outras de tonalidade mais diluída.

Avenida Calouste Gulbenkian, Lisboa

Como chegar:

Comobio: MIRA SINTRA-MELEÇAS - ROSSIO
Autocarro: 711, 758
Metro: Linha Azul
GPS: 38.72981482028478, -9.166954997486833

Este viaduto é adornado com magníficos painéis de azulejo que dão vida à estrutura, transformando-a numa galeria a céu aberto que celebra a beleza animal. Os painéis, da autoria de Augusto Cid e de sua filha Mónica Cid, foram instalados em 2000 e passaram a integrar o parque de estacionamento sob o viaduto. As imagens representam um conjunto de animais selvagens, incluindo impalas, macacos, tigres, ursos, elefantes, hipopótamos, girafas e veados, em perfeita integração com a proximidade ao Jardim Zoológico de Lisboa.

Viaduto de Sete Rios, 1500-561 Lisboa

Como chegar:

Comboio: SINTRA - LISBOA - AZAMBUJA, MIRA SINTRA-MELEÇAS - ROSSIO, FERTAGUS ROMA-AREEIRO - SETÚBAL
Metro: Linha Verde, Linha Azul
GPS: 38.74157260626511, -9.168300747049527

O Jardim Botto Machado em Lisboa, localizado junto à Feira da Ladra, no Campo de Santa Clara, foi o local escolhido para receber o mural de azulejos pintados à mão pelo artista luso-francês André Saraiva. Com uma área total de 1011.1 m2 e 188 metros de comprimento, o extenso mural foi coberto com elementos coloridos, contrastantes e descomprometidos, que definem o seu estilo gráfico irreverente. O painel foi fabricado pela Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, seguindo técnicas e métodos de produção artesanais, e pintado à mão pelo artista também naquele espaço, resultando numa peça única composta por 52738 azulejos.

Campo de Santa Clara, Lisboa

Como chegar:

Elétrico: 28E, 12E
Autocarro: 734, 737
Metro: Linha Verde, Linha Azul
GPS: 38.715694993578495, -9.124882877623783

No contexto da Expo 98, o Metropolitano de Lisboa convidou onze artistas de reconhecido mérito internacional, provenientes dos cinco continentes, a realizarem uma intervenção nesta estação. Dez desses artistas contribuíram com peças sobre azulejo, entre eles o artista português Joaquim Rodrigo, com um painel denominado “Praia do Vau”. É de salientar que este trabalho constituiu a sua derradeira obra, tendo deixado indicações expressas para que fosse Querubim Lapa o responsável pela sua passagem a azulejo e integração na estação.

Av. Dom João II, 1990-233 Lisboa

Website: www.metrolisboa.pt/viver/arte-nas-estacoes/

Horários:

Todos os dias, das 06h30 à 1h.

Como chegar:

Elétrico: 15E
Autocarro: 708, 728, 760
Metro: Linha Verde, Linha Azul, Linha Vermelha
GPS: 38.76716240866744, -9.09908799147202

A estação de Metro do Cais do Sodré tem projeto do arq. Nuno Teotónio Pereira e intervenção plástica de António Dacosta, pintor surrealista e abstrato, que antes de falecer deixou alguns esboços, os quais foram integrados na estação segundo a interpretação do pintor Pedro Morais. Grandes painéis de azulejos representando um coelho apressado, que evoca uma das personagens do clássico da literatura universal "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll, podem ser observados no cais da estação, enquanto que uma superfície curva de azulejos azuis, por onde, pontualmente, correm lençóis de água, é visível sob as escadas de acesso ao exterior.

Praça Duque da Terceira, 1200-161 Lisboa

Website: www.metrolisboa.pt/viver/arte-nas-estacoes/

Horários:

Todos os dias, das 06h30 à 1h.

Como chegar:

Elétrico: 15E
Autocarro: 732, 760
Metro: Linha Verde
GPS: 38.706176502485945,  -9.145032698604298

Recentemente reaberta após a sua reabilitação, e 90 anos depois da sua inauguração, esta estação à beira tejo exibe painéis de azulejos distintivos no seu átrio principal, com os brasões das cidades para onde dali se podia partir. Os azulejos que originalmente forravam as salas de espera da primeira e segunda classes foram agora recolocados. Apesar de se ter dado falta de alguns azulejos, a sala de espera da primeira classe está neste momento completa e pode ser apreciada por todos os que visitem a cafetaria. Os azulejos são um dos elementos emblemáticos deste edifício projetado por Cotinelli Telmo e inaugurado em 1932.

Av. Infante Dom Henrique / Terreiro do Paço
1100-016 Lisboa

Website: www.metrolisboa.pt/viver/arte-nas-estacoes/

Horários:

Todos os dias, das 06h30 à 1h.

Como chegar:

Elétrico: 15E
Autocarro: 711, 732, 759
Metro: Linha Verde
GPS: 38.70689393796317, -9.134084826035286

A estação de metro da Praça de Espanha, aberta ao público em 1959, tem projecto do arq. Keil do Amaral e revestimento azulejar da pintora Maria Keil. Partindo de um plano de base constituído por azulejos simples em amarelo ou apenas com um quadrado desenhado por uma linha cinzenta sobre fundo amarelo (por vezes esta forma surge invertida, linha amarela sobre fundo cinzento), a pintora procurou criar uma ilusão de tridimensionalidade através da utilização de um módulo constituído por um ou dois azulejos inspirado no desenho "ponta de diamante" e duma escolha criteriosa das cores, branco e amarelo (luz) por um lado, verde e cinzento (sombra) por outro.

Praça de Espanha, Lisboa

Website: www.metrolisboa.pt/viver/arte-nas-estacoes/

Horários:

Todos os dias, das 06h30 à 1h.

Como chegar:

Autocarro: 52B, 713, 732, 742, 746
Metro: Linha Verde, Linha Azul, Linha Vermelha
GPS: 38.73766835654809, -9.158451004694683

A estação de metro do Alto dos Moinhos, aberta ao público em 1988, tem projecto do arq. Ezequiel Nicolau e intervenção plástica do pintor Júlio Pomar. Utilizando o graffiti como expressão artística, Júlio Pomar homenageou quatro figuras das letras portuguesa: Camões, Bocage, Pessoa e Almada. O trabalho de um ano de desenho resultou na animação plástica das paredes desta estação e numa exposição organizada pelo Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1984, intitulada "1 Ano de desenho, 4 poetas no Metropolitano de Lisboa".

Rua Dr.  João de Freitas Branco (under the viaduct of Av. Lusíada), 2650-287 Lisboa

Website: www.metrolisboa.pt/viver/arte-nas-estacoes/

Horários:

Todos os dias, das 06h30 à 1h.

Como chegar:

Comboio: MIRA SINTRA - MELEÇAS - ROSSIO
Autocarro: 711, 754. 758
Metro: Linha Verde, Linha Azul
GPS: 38.74957360446128,  -9.179946004693969

Aberta ao público em 1993, é a primeira estação do Metropolitano construída em viaduto. Para o revestimento azulejar do interior da estação, Eduardo Nery concebeu uma decoração assente na junção entre o tradicional e o contemporâneo, baseada em figuras típicas da azulejaria do séc. XVIII, habitualmente colocadas à entrada nos vestíbulos e escadarias dos grandes edifícios da época, numa atitude de boas-vindas. No espaço exterior, o artista pôs em práctica os seus conhecimentos sobre a arte da ilusão de óptica, aplicando barras de azulejos nos pilares de suporte dos viadutos, com uma paleta de cores em gradação e efeitos geometrizantes, que acentuam a sua verticalidade.

Rua Cipriano Dourado (Viaduto do Campo Grande), 1600-428 Lisboa

Website: www.metrolisboa.pt/viver/arte-nas-estacoes/

Horários:

Todos os dias, das 06h30 à 1h.

Como chegar:

Autocarro: 736, 732, 701, 708, 717
Metro: Linha Verde, Linha Azul, Linha Amarela
GPS: 38.760201705704816, -9.157843033529067

Inaugurada em 1988, esta estação contou com a intervenção plástica de Vieira da Silva. O painel "Le Métro", uma transposição para azulejo, por Manuel Cargaleiro, de um guache de Vieira da Silva, datado de 1940, inicialmente denominado "Abrigo Anti-Aéreo", é o elemento central da intervenção. Estruturado num fundo de malha quadrangular, à semelhança de um painel de azulejos, representa um aglomerado de pessoas que se refugiaram no metro de Paris para escapar aos bombardeamentos da II Guerra Mundial. A restante criação plástica da estação deriva essencialmente deste painel central.

Av. Prof. Gama Pinto, 1600-214 Lisboa

Website: www.metrolisboa.pt/viver/arte-nas-estacoes/

Horários:

Todos os dias, das 06h30 à 1h.

Como chegar:

Autocarro: 732
Metro: Linha Verde, Linha Azul, Linha Amarela, Linha Vermelha
GPS: 38.75170650471089,  -9.159024533529605

Em 1982, quando a estação foi ampliada, Rogério Ribeiro foi o artista convidado para criar os revestimentos, tendo optado por seguir uma orientação para a sua conceção plástica resultante da utilização do padrão básico que enquadra e serve de fundo às barras Arte Nova de Maria Keil no átrio Sul. A partir do módulo base, constituido por um círculo marcado a branco sobre fundo a dois tons de azul, Rogério Ribeiro compôs uma construção totalmente diversa e inovadora. Maria Keil e Rogério Ribeiro encontram-se assim, mais uma vez, no mesmo projecto, ainda que com intervenções distintas.

Av. Almirante Reis (crossing with Rua de Angola), 1150 Lisboa

Website: www.metrolisboa.pt/viver/arte-nas-estacoes/

Horários:

Todos os dias, das 06h30 à 1h.

Como chegar:

Elétric: 28E
Autocarro: 708, 734, 17B
Metro: Linha Verde
GPS: 38.72631451020516, -9.134917075247598